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Impacto da Fadiga e Distração no Consumo de Combustível

Out 22, 2016   //   por Admin   //   Blog  //  Nenhum Comentário

A maioria dos acidentes de trânsito são provocados pela conjunção de vários fatores, entre os quais se destacam dirigir sob os efeitos do álcool, a distração e a fadiga.

A fadiga é um cansaço extremo provocado pelo desgaste físico e mental decorrente da falta de descanso e excesso de trabalho do motorista. Motoristas fadigados, além de correrem o risco de adormecer ao volante, têm comprometidos seus sentidos de alerta e atenção, reduzindo seu poder de reação a situações perigosas, e apresentam uma forma de condução mais estressante, ou seja, tendem a violar o limite de velocidade da operação e a acelerar e frear bruscamente o veículo.

Já a distração ao volante são atividades secundárias do motorista que desviam o seu olhar da estrada à frente e tiram a sua atenção na operação. Exemplos de distração ao volante são a utilização do aparelho celular, olhar para pessoas e veículos ao lado, ajustar estação de rádio, buscar objetos no porta luvas, beber e comer enquanto dirige, etc.

Como a fadiga e a distração impactam diretamente na forma de condução do veículo, podemos considerá-los fatores de risco para a ocorrência de acidentes e também ofensores da direção econômica.

Em um estudo realizado pela LHT, em parceria com a Argus Solutions (www.argusolutions.com.br), com uma frota de caminhões do segmento de transporte, foram analisados os dados do consumo de combustível dos veículos, de dirigibilidade e índices de fadiga e distração dos motoristas durante um período de 6 meses.

Para análise da dirigibilidade do motorista foram utilizados os dados coletados pelo computador de bordo do veículo referentes ao número de freadas, aceleração excessiva, velocidade média e RPM do motor, os quais foram transformados em um score da dirigibilidade eficiente de acordo com metodologia definida pela LHT. Já para análise dos índices de fadiga e distração dos motoristas, foi utilizado o sistema DS desenvolvido pela Argus, o qual monitora em tempo real a operação dos motoristas, identifica os sinais de fadiga e distração na operação e os envia para uma central de monitoramento para gestão dos dados.

Os dados coletados durante o estudo indicaram uma correlação significativa entre os índices de fadiga e distração do motorista na operação e o score de dirigibilidade, onde foi possível observar que quanto maior o índice de fadiga e distração, menor o score da dirigibilidade eficiente apresentado pelo motorista, o que implica em uma condução menos econômica e mais perigosa.

Por meio de um modelo de regressão, foi possível avaliar o impacto de cada variável no consumo de combustível dos veículos, ou seja, o quanto que o score de dirigibilidade e os índices de fadiga e distração podem afetar o consumo de combustível. Durante o período avaliado, foi possível observar que a fadiga e a distração no volante podem implicar em um aumento médio no consumo de combustível de 7,3%, além de aumentar significativamente o risco de um acidente grave na operação.

Considerando o consumo de combustível mensal da empresa de aproximadamente 500 mil litros, esse aumento de 7,3% representa um custo acima de 1,2 milhões de reais por ano.