O Motorista e o Consumo de Combustível
Todos nós sabemos que o motorista é o fator de maior influência no desempenho do veículo.
Quando se fala em economizar diesel, imediatamente pensamos em fazer alguma ação com os motoristas, seja ela voltada para incentivá-lo a conduzir economicamente, ou então para monitorá-lo na tentativa de evitar a condução irregular.
Porém, antes de qualquer ação, é extremamente importante realizar uma pesquisa junto aos motoristas para entender o que fazem atualmente para economizar combustível, quais fatores dificultam a prática da condução econômica e o que pensam que poderia ser feito para incentivá-los a melhorar.
A LHT é especializada nesse tipo de trabalho.
Como exemplo, ilustramos os resultados de uma pesquisa realizada com motoristas de uma empresa de transporte urbano, onde foram avaliados diversos pontos para definir as ações necessárias para melhoria do desempenho dos veículos
Ao início do trabalho, foi observado que apenas 22% dos motoristas praticavam ações voltadas para a economia de combustível. Dos 22%, apenas 28% controlavam o RPM do motor a fim de obter um melhor desempenho do veículo.
Com respeito às ações que poderiam ser realizadas para incentivar os motoristas a melhorar sua forma de condução, as mais citadas foram: reconhecimento dos resultados, material com dicas de condução econômica e informações sobre as médias dos veículos.
Com os resultados da pesquisa, juntamente com a análise estatística de desempenho dos veículos e o entendimento dos problemas encontrados, foram definidas diversas ações para reduzir o consumo de combustível da frota.
Após essas ações, foi realizada uma nova pesquisa onde pode-se notar que 85% dos motoristas passaram a praticar ações voltadas para a economia de combustível. Essa aumento foi também notado na média de desempenho dos veículos, que aumentou 6,5%, passando de 2,95 km/l para 3,15 km/l.
Considerando o consumo mensal da empresa de 450 mil litros, a economia de diesel proporcionada por esse trabalho refletiu em uma redução anual de custos de R$ 700.000,00.
Volvo Abandona Ônibus Urbanos Diesel Convencionais
A Volvo Buses vai abandonar a produção de ônibus diesel convencionais de tipo urbano com piso baixo e concentrar-se em ônibus híbridos, híbridos ‘plug-in’ e elétricos, revelou o atual presidente da unidade de negócio de veículos pesados de passageiros, Hakan Karlsson, durante a apresentação da novação de ônibus Euro 6.
A estratégia de longo prazo da Volvo Buses para o mercado europeu passa pela eletromobilidade com a disponibilização de soluções aos transportadores que desejam operar sem emissões e ruído, como por exemplo, em zonas urbanas mais sensíveis do ponto de vista ambiental. A partir de 2014, todos os ônibus urbanos com piso baixo vendidos na Europa serão híbridos e completos.
A marca sueca introduziu o primeiro modelo com esta tecnologia há cerca de quatro anos – Volvo 7900 Hybrid – que tem vindo a ser desenvolvido continuamente para reduzir ainda mais o consumo e as emissões. Em comparação com um ônibus diesel convencional, o consumo de combustível e as emissões de dióxido de carbono do Volvo 7900 Hybrid são inferiores em 39%. Com a disponibilização do novo motor Euro 6, de cinco litros, a diminuição passará para 45%, enquanto as emissões de óxido de nitrogênio e partículas baixará até 87% e 50%, respetivamente, em comparação com os Euro 5.
Num evento realizado em Boras, na Suécia, onde a Volvo Buses produz chassis de ônibus, a marca sueca apresentou a versão articulada do Volvo 7900 Hybrid, que apresenta uma lotação para 154 passageiros. A nova variante oferece uma combinação de elevada capacidade com baixo nível de consumo de combustível, emissões de gases e ruído.
Outra novidade revelada pela marca foi a versão Volvo 7900 Hybrid ‘Plug-In’, que permite o carregamento das baterias através da rede elétrica nos terminais dos ônibus. A operação realiza-se por via aérea através de pantógrafo, podendo demorar entre cinco a seis minutos numa infraestrutura concebida para o efeito e permite a circulação durante um período de tempo mais longo em modo puramente elétrico.
Segundo a Volvo, o consumo de energia diminui até 60% e as emissões de dióxido de carbono até 80%. O Volvo 7900 Hybrid ‘Plug-In’ vai ser testado em condições reais de operação na cidade de Gotemburgo durante dois anos. A produção em série está prevista para 2015. A Volvo também está a desenvolver uma versão totalmente elétrica do seu ônibus urbano que deverá ser revelada dentro de um ou dois anos.
A Volvo está igualmente a trabalhar numa versão híbrida do modelo 8900 Hybrid Low Entry, que em alguns mercados se destina apenas a aplicações suburbanas ou interurbanas. Esse modelo será proposto como ônibus completo, estando ainda a ser estudada a possibilidade de ser disponibilizado numa variante em chassis para os mercados do sul da Europa.
Fonte: Transportes em Revista
Dicas para Diminuir as Dores dos Motoristas
Os profissionais do setor de transporte sabem muito bem que dirigir por longos períodos pode ocasionar dores por todo o corpo, especialmente na parte inferior das costas. Mas o que não sabem é que podem ocasionar casos mais graves como a trombose, quando um coágulo se forma dentro de um vaso na perna, afetando perigosamente a circulação sanguínea.
Para evitar as dores, a melhor solução é sair do caminhão, fazer alongamentos e caminhar um pouco a cada 50 minutos sempre que possível.
Abaixo seguem algumas dicas do blog da Iveco que podem ser seguidas pelos motoristas para se manterem sem dores:
- Fazer atividade física regularmente, pois músculos fortes protegem a coluna;
- Fazer alongamentos com frequência;
- Manter a inclinação normal da coluna lombar;
- Manter os braços semiflexionados;
- Ajustar o assento para manter os pés inteiramente apoiados no chão.
Bem Estar e o Consumo de Combustível
Já discutimos no post “A Satisfação do Motorista e o Consumo de Combustível” a influência do stress dos motoristas na condução dos veículos.
Além do stress, outro fator que pode influenciar a condução é a presença de dores e desconfortos durante a operação.
Uma pesquisa realizada pela LHT numa empresa de transporte urbano de passageiros mostrou que aproximadamente 60% dos motoristas já apresentaram algum tipo de dor nos últimos 6 meses de trabalho, como dores nas pernas, nos ombros, nos braços ou nas costas.
Os principais fatores associados foram a postura inadequada, tempo limitado para descanso durante o período de trabalho e falta de condicionamento físico. Para se ter ideia, no grupo dos motoristas com dores, apenas 28% reportaram praticar atividades físicas regularmente contra 70% do grupo dos motoristas sem dores.
O ponto principal é que 73% dos motoristas reportaram que a ausência de dores e desconfortos é essencial para uma condução perfeita e econômica do veículo.
Os resultados dessa pesquisa mostram que algumas ações com os motoristas, como oferecimento de dicas de ergonomia, incentivo da prática de atividades físicas e adequação do tempo de descanso durante a operação, podem refletir no bem estar do motorista, implicando diretamente na condução econômica do veículo.
Direção Defensiva
Segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil apresenta índices de mortes no trânsito três vezes maior do que o considerado aceitável, são 18,3 mortes a cada 100 mil habitantes por ano, contra menos de seis em países como Alemanha e Grã-Bretanha.
Por isso é tão importante que os motoristas tenham a consciência de sua responsabilidade e coloquem sempre a segurança em primeiro lugar, adotando cuidados simples (mas muitas vezes ignorados por motoristas imprudentes) que podem evitar acidentes e salvar muitas vidas.
Veja algumas dicas de segurança:
- Esteja sempre atento à distribuição da carga em seu caminhão para garantir uma melhor estabilidade;
- Não esqueça de posicionar os retrovisores para que ofereçam o maior ângulo de visão possível e reduzam os pontos cegos;
- Nas curvas, não use os freios – dê preferência à redução ou ao freio motor;
- Faça todas as revisões do veículo nos prazos previstos;
- Mantenha uma distância segura de outros veículos em vias de alta velocidade;
- Antes de fazer uma curva ou mudar de pista, dê a seta com bastante antecedência, para que outros veículos próximos do seu tenham tempo de reduzir a velocidade;
- Usar o cinto de segurança é essencial e reduz drasticamente o número de vítimas fatais em acidentes;
- À noite, nas estradas, cuidado com o farol alto, para não prejudicar a visibilidade dos motoristas que vêm do outro lado da via;
- Em veículos com freios ABS, em caso de emergência, pise no pedal do freio com firmeza;
- Nunca fale ao celular quando estiver dirigindo.
Seja um motorista consciente, adote a direção defensiva e garanta a sua segurança e a dos outros motoristas!
Fonte: Mercedes
Efeito da Água no Sistema de Injeção
A água contida no óleo diesel é um meio propício à proliferação de bactérias que se alimentam da mistura da emulsão formada de água e diesel. As bactérias causam a tão falada Borra que é ácida e pode ocasionar desde um simples entupimento por acumulação, até ataques ácidos aos componentes do sistema de injeção do veículo, causando falha dos motores, aumento do custo de manutenção e do consumo de combustível e prejuízos com a parada do equipamento.
A água pode contaminar o óleo diesel por inclusão direta (respiradouro e/ou pela abertura de inspeção do tanque), externa (entrada de água pelas aberturas de ventilação do caminhão-tanque) ou condensação da umidade do ar.
A condensação da umidade do ar é a contaminação mais importante e na maioria das vezes inevitável devido às características higroscópicas (capacidade de atrair água) do diesel.
Quanto menor o volume do combustível dentro do tanque, maior será a massa de ar dentro dele e, consequentemente, maior a exposição do produto ao ar atmosférico. Desta forma, a quantidade de água condensada também será maior. Nos lugares em que a umidade relativa do ar for muito alta ou exista uma grande variação de temperatura será indispensável controlar diariamente os tanques.
A presença de água não pode ser evitada, mas pode ser controlada tomando os seguintes cuidados:
- Inspeção visual da cor e aparência do óleo diesel antes de realizar a transferência do caminhão para o tanque de armazenagem;
- Sistema eficiente de separação de água;
- Substituição do filtro de combustível no intervalo recomendado;
- Drenagem periódica (caso haja mudanças bruscas de temperatura e/ou suspeita de contaminação acidental por água, a drenagem deve ser realizada independente do cronograma em vigor).
Roda de Alumínio Reduz Consumo de Combustível
Na busca por redução de consumo e maior capacidade de carga, muitos transportadores brasileiros têm optado pelo uso das rodas de alumínio. Mais leves e mais eficientes na dissipação do calor, elas proporcionam vantagens atraentes para os profissionais das estradas.
Embora ainda não tenham dominado totalmente o mercado brasileiro, a demanda por esse tipo de componente tem crescido acentuadamente. Segundo dados da ABAL (Associação Brasileira do Alumínio), depois da construção civil, o setor automotivo já é o que mais utiliza esse material.
Aos poucos, a tendência é que o mercado brasileiro siga os exemplos da Europa e dos Estados Unidos, onde as rodas de alumínio já são preferência entre os transportadores. Por aqui, a maioria dos caminhões ainda utiliza rodas de aço.
Uma das principais vantagens das rodas de alumínio é a redução de peso. Elas chegam a ser entre 30% e 35% mais leves que as rodas de aço.
Toda essa leveza resulta em maior capacidade de carga para o caminhão. Na prática, em alguns casos, o aumento da carga útil pode chegar a 800 kg. Além disso, o menor peso das rodas alivia a suspensão e permite ao motor exercer menos força para deslocar o veículo, reduzindo assim o consumo de combustível.
De acordo com informações da Italspeed, além da redução de peso, estudos comparativos realizados em diversas condições de estradas nos Estados Unidos e em países da Europa demonstraram que as rodas de alumínio propiciam uma rodagem mais macia, que se traduz em menos desgaste de pneus e economia de combustível.
O fato de permitir um aumento da durabilidade dos pneus é em razão da dissipação do calor gerado nas rodas, o que evita assim o superaquecimento dos pneus e o desgaste prematuro do componente. O mesmo benefício se aplica também aos freios do veículo.
O que deixa a roda de alumínio em desvantagem quando comparada à de aço é o preço, já que ela custa quase três vezes mais, segundo informações da fabricante Italspeed. Esse é o principal fator que impede esse tipo de componente de ser completamente adotado pelo mercado brasileiro. No entanto, as fabricantes que defendem o alumínio como matéria-prima, garantem que os investimentos nesse produto têm retorno em médio prazo, devido aos benefícios já mencionados.
Fonte: Transporte Mundial
Defletores de Ar Ajudam na Economia de Diesel
Quem se preocupa com a redução no consumo de diesel da frota deve estar atento ao uso de um elemento muito importante nos caminhões: o defletor de ar. Quando bem utilizado, o componente favorece a aerodinâmica do veículo e diminui a resistência imposta pelo ar, principalmente na estrada.
Sem o defletor, o ar se choca na parede formada pela parte frontal do baú, o que faz com que o caminhão precise de mais força para romper a resistência e, consequentemente, gaste mais combustível. Este equipamento gera economia de, no mínimo, 5% no consumo de diesel.
Para se ter uma ideia do potencial de redução de custos, uma frota com 100 veículos e média de 120.000 quilômetros rodados a cada 12 meses por cada caminhão, pode obter economia de mais de R$ 2 milhões ao fim de um período de cinco anos.
Quando for adquirir seu caminhão zero quilômetro, não esqueça de pedir o defletor mais adequado para seu modelo.
Fonte: Mercedes
Sistema SCR, S-10 e ARLA 32 – Motores Euro V
Apesar de ser um tema bastante discutido, muitos ainda nos perguntam sobre o sistema SCR presente nos motores a diesel e também sobre o Diesel S-10 e ARLA 32. Pensando nisso, preparamos um breve material para esclarecer algumas dúvidas.
Desde 2012, a maioria dos veículos pesados fabricados no Brasil, como caminhões e ônibus, passou a contar com o sistema SCR (Selective Catalytic Reduction, ou então, redução catalítica seletiva), tecnologia que permite a redução de NOx através de reação química no catalisador montado no sistema de escape.
Para os motores com o sistema SCR, o uso do Arla 32 é obrigatório, assim como o Diesel S-10.
Mas o que é o Arla 32?
ARLA é a abreviação de Agente Redutor Líquido Automotivo e atua nos sistemas de exaustão como agente redutor de emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), tendo como componente base a uréia. O número 32 refere-se ao nível de concentração da solução de uréia (32,5%) em água desmineralizada.
Como funciona?
O Arla 32 é injetado no escapamento por um sistema de dosagem. No catalisador, ocorre uma reação química que transforma o óxido de nitrogênio em nitrogênio e vapor d’água, reduzindo assim os níveis de emissões.
E sobre o Diesel S-10?
O Diesel S-10, disponível no mercado brasileiro desde janeiro de 2013, possui teor máximo de enxofre de 10 partes por milhão e foi desenvolvido para atender aos limites de emissão mais rígidos estabelecidos para veículos pesados.
Alguns informações importantes:
- Abastecer os veículos com o sistema SCR somente com Diesel S-10;
- O Arla 32 não pode ser adicionado ao tanque de óleo diesel, sob pena de causar danos ao motor, assim como o Diesel não pode ser adicionado ao reservatório destinado ao Arla 32;
- O Arla 32 é um produto de alta pureza, sensível a contaminação, necessitando de cuidados no seu manuseio e tem validade de 12 meses quando estocado em temperaturas médias menores que 30°C, sem incidência solar;
- O consumo médio esperado de ARLA 32 é da ordem de 5% do consumo de óleo diesel, podendo variar dependendo das condições de uso do veículo e de tráfego;
- Os novos veículos a diesel possuem sensores especiais que reduzem drasticamente a potência dos motores, caso sejam detectados emissões do escapamento acima dos limites permitidos devido a não utilização do ARLA 32.
O que é o OBD
OBD – On Board Diagnosis ou Sistema de Diagnóstico de Falhas
Todos os veículos que forem homologados em atendimento ao PROCONVE P7, deverão ter instalado o sistema de auto diagnose, a fim de coibir e penalizar possíveis tentativas de estratégia manipulatória do sistema de controle de emissões.
Exemplos:
– Elevação do nível de emissão de NOx maior que 3,5 g/kWh → Lâmpada indicadora de mal funcionamento acessa.
– Elevação do nível de emissão de NOx maior que 7,0 g/kWh → Redução de até 40% do torque do motor na próxima partida, após 48h consecutivas com a mesma falha.
– Inexistência de ARLA32 no reservatório → Redução de até 40% do torque do motor na próxima partida.
Para maiores informações, consulte o manual de seu veículo.
Fonte: Mercedes