Efeito da Calibragem no Consumo de Diesel
Outro fator importante a ser avaliado num projeto de economia de diesel é a periodicidade de calibragem dos pneus dos veículos da sua frota.
Quanto mais baixa a pressão do pneu, menor a sua durabilidade, maior o consumo de combustível e maior o risco de explosão e acidentes na pista. O excesso de pressão também é prejudicial, ocasionando problemas de dirigibilidade, um desgaste acelerado e redução da sua vida útil.
Para saber a calibragem ideal de seus pneus consulte as especificações do fabricante do veículo. Com respeito a periodicidade de calibragem, recomendamos realizá-la semanalmente.
Identificamos nos estudos realizados em nossos clientes, que ao realizar a calibragem semanal ao invés de mensal, o consumo de combustível pode ser reduzido em até 2%.
Abaixo, temos o resultado do efeito da mudança da periodicidade de calibragem no consumo de combustível dos veículos de uma empresa de transporte rodoviário de passageiros. Neste teste foram comparados dois grupos de ônibus com características e operações similares em dois períodos distintos, um de validação e outro de teste – Período 1 (jun, jul e ago): mesma periodicidade de calibragem para os dois grupos e Período 2 (set, out e nov): calibragem com nitrogênio mensal para o grupo A e calibragem com nitrogênio semanal para o grupo B.
No primeiro período, onde os 2 grupos de veículos estavam com a mesma periodicidade de calibração (mensal), não havia diferença entre as médias de consumo de combustível. Após a mudança no grupo B para a calibração semanal, foi possível notar uma melhora significativa na sua média de 1,9% em comparação à media do grupo A no mesmo período com calibração mensal.
Considerando o consumo mensal da empresa de 1.200.00,00, a mudança da periodicidade da calibração resultou em uma economia anual de aproximadamente 550 mil reais.
Motor Ocioso e o Consumo de Diesel
Motor ocioso é o termo utilizado quando o veículo está parado com o motor funcionando.
Reduzir o tempo gasto com o motor ocioso é uma excelente oportunidade para reduzir o consumo de diesel e a emissão de CO2. Por ser uma iniciativa de baixo custo e com resultados imediatos, todo gestor de frota deveria pensar em iniciar uma ação como essa.
Um argumento utilizado por muitos motoristas é que o combustível gasto para reiniciar o motor é maior do que deixá-lo funcionando em marcha lenta, porém estudos mostram que 30 segundos com o motor ocioso consome mais combustível que desligar e religar o motor.
Além de desperdiçar combustível e contribuir para o aquecimento global, deixar o motor ocioso por muito tempo pode também prejudicar os seus componentes.
A tabela abaixo mostra o consumo de combustível com o motor ocioso em litros/hora para diferentes RPM com e sem Ar Condicionado.
Consumo de combustível com o motor ocioso (l/h) | |||
RPM | AC off | AC 50% | AC on |
800 | 2,42 l/h | 2,65 l/h | 2,85 l/h |
900 | 2,76 l/h | 3,00 l/h | 3,20 l/h |
1000 | 3,05 l/h | 3,30 l/h | 3,55 l/h |
1100 | 3,48 l/h | 3,71 l/h | 2,98 l/h |
1200 | 3,89 l/h | 4,13 l/h | 4,35 l/h |
* Por exemplo, um veículo com o motor ocioso em 1000 RPM utilizando o ar condicionado consome cerca de 3,55 litros por hora.
Numa ação de controle do motor ocioso realizada por um de nossos clientes do segmento de transporte rodoviário de passageiros, foi identificada uma redução média do consumo de combustível de 1,5%. Tomando como base o consumo mensal dos veículos de 1 milhão de litros de diesel, a ação resultou numa economia anual de aproximadamente 360 mil reais.
Sabemos que mudar hábitos repentinamente não é nada fácil, exige esforços diários na busca pelos resultados e na sua manutenção. Porém qualquer empresa é capaz de controlar suas ações, basta querer e insistir nessa ideia.
Caso queira saber mais sobre os projetos de economia de diesel realizados pela LHT, clique aqui para nos contatar.
Aumento do Diesel e o impacto no custo do frete
Os transportadores de cargas e de passageiros foram surpreendidos com mais um reajuste no preço do óleo diesel. A Petrobras anunciou um novo aumento, agora de 5%, no preço de venda do diesel nas refinarias. Há pouco mais de um mês, a companhia já havia alterado o valor em 5,4%.
Para o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o reajuste do óleo diesel nas refinarias terá impacto na inflação. “Cerca de 60% das cargas transportadas no Brasil são feita por caminhões, que consomem óleo diesel. Isso trará um impacto de 1,25% no custo do frete”, afirmou.
De acordo com estimativas da CNT, o valor do litro para o consumidor final deve aumentar aproximadamente 3,8%. O levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aponta que o litro do combustível foi comercializado, em média, a R$ 2,25 (comum) e R$ 2,32 (S-10), entre os dias 24 de fevereiro e 2 de março. Os novos valores seriam, por exemplo, R$ 2,33 e R$ 2,40, respectivamente.
Os gastos com combustíveis representam cerca de 35% do custo total das empresas de transporte de carga rodoviária e 25% do das empresas de transporte de passageiros rodoviários. Diante desses repetidos aumentos, há a possibilidade de pressão sobre a inflação, uma vez que o aumento no preço dos combustíveis leva a um aumento no preço do frete que, consequentemente, pode ser repassado aos produtos transportados.
Segundo avaliações da CNT, a correção de 5,4% no preço do diesel na refinaria em janeiro gerou um incremento médio de 4,31% por litro para o consumidor final, o que resultou em impacto de cerca de 1,5% no custo do frete.
Em 2012, a Petrobras realizou dois outros ajustes nas refinarias, de 6% e 3,94% respectivamente. Desses, apenas o primeiro onerou o consumidor (em torno de 4%). No segundo, o governo tornou a alíquota da CIDE igual a zero para mitigar os impactos negativos dos aumentos.
Em todos os casos, a Petrobras afirma que os reajustes buscam alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo.
Fonte: CNT
Como Iniciar um Programa de Economia de Diesel
Acaba de ser anunciado pela Petrobrás mais um reajuste de 5% no preço de venda do diesel nas refinarias. O último reajuste foi em janeiro deste ano, onde a estatal elevou em 5,4% o seu preço.
Mediante esse cenário de constante aumento, torna-se cada mais necessário iniciar um programa de redução do consumo de diesel para amenizar o impacto desses reajustes no orçamento das empresas.
Sabemos que iniciar um programa como esse não é uma tarefa fácil. Além das diversas variáveis que influenciam no consumo de combustível, há diversos pontos que são específicos a cada operação e devem ser considerados.
O primeiro passo para obter sucesso no programa, antes de definir um plano de ações e estabelecer metas, é realizar o diagnóstico de inteligência de frota, onde devem ser avaliados os seguintes pontos:
- Análise estatística dos dados históricos de abastecimento e operação para avaliar tendências, variabilidades e correlações;
- Pesquisas de clima para avaliar: o nível de satisfação dos motoristas, o que os motiva para alcançar melhores resultados, o que eles pensam e fazem para economizar combustível, quais são suas reclamações, etc.
- Mapeamento de toda operação para identificar gaps de melhoria.
- Reuniões com os gestores de frota para discutir ideias e soluções para problemas já identificados.
- Desenvolver modelo para estimar o consumo de combustível e estabelecer metas de acordo com as condições de cada operação (veículo, linha, motorista).
Lembre-se que qualquer empresa é capaz de controlar suas ações, basta querer e insistir nesta ideia.
A Satisfação do Motorista e o Consumo de Combustível
Já discutimos nos posts anteriores que o motorista tem o maior impacto no consumo de combustível e que algumas ações como treinamento de direção econômica, feedback da sua forma de condução, programa de reconhecimento, parametrizações, entre outras, são fundamentais para melhorar seu desempenho e, consequentemente, reduzir o consumo de combustível.
Um assunto pouco discutido entre os gestores de frota é a relação entre a satisfação do motorista e o desempenho dos veículos. Pesquisas mostram que motoristas estressados ou insatisfeitos no trabalho podem implicar num aumento de até 30% no consumo de combustível do veículo operado. Um motorista estressado tende a conduzir de uma maneira agressiva, acelerando excessivamente, freando bruscamente, enfim, não se atentando nos pontos necessários para uma condução econômica.
Existem alguns motivos pessoais que podem levar o motorista ao stress que não são controlados pela empresa, porém proporcionar um ambiente de trabalho de acordo com as expectativas do motorista é uma ótima ação para amenizar essa carga de stress pessoal e deixá-lo satisfeito profissionalmente, implicando diretamente em uma condução mais econômica e segura do veículo.
A melhor maneira de identificar as necessidades dos motoristas e, consequentemente, melhorar o ambiente de trabalho é por meio da pesquisa de clima com os motoristas. Este tipo de pesquisa avalia o nível de satisfação dos motoristas, o que os motiva para alcançar melhores resultados, o que eles pensam e fazem para economizar combustível, quais são suas reclamações, dentre outras informações necessárias para criar um ambiente de trabalho ideal para uma melhor produtividade.
A partir do momento que se tem conhecimento do que passa na cabeça dos motoristas é possível iniciar um programa de melhoria. Os resultados dessa pesquisa, cruzados com as informações de consumo e operação da frota, são fundamentais para elaborar um plano de ações para melhorar o desempenho dos motoristas e economizar combustível.
Entre em contato com a LHT e saiba como podemos melhor o desempenho de seus motoristas e economizar combustível por meio de pesquisas de clima e análises estatísticas de performance.
Dicas para Economizar Diesel
Sabemos que cada ação do motorista está diretamente ligada ao consumo de combustível, por isso que o principal fator a ser trabalhado em um programa de economia de combustível é a consciência do condutor.
Podemos dizer que conduzir o veículo “economicamente” significa operar o veículo de forma correta, ou seja, acionando os mecanismos de controle (acelerador, freios, direção, câmbio) em perfeita sintonia com as situações que acontecem ao longo da viagem (tais como subidas, descidas, retas, curvas, além das condições de conservação da pista e condições climáticas).
E como o motorista pode aplicar os conceitos de condução econômica?
Trabalhando na faixa ideal de operação
Qualquer motor tem o seu maior torque junto com seu menor consumo de combustível, portanto o condutor deve escolher as marchas sempre observando o tacômetro, de modo que a rotação do motor permaneça quase todo o tempo dentro da faixa recomendada (faixa verde).
Importante lembrar que em determinadas condições de operação (veículo muito carregado, aclives prolongados, temperatura ambiente elevada ou grandes altitudes) o motorista precisará utilizar rotações mais elevadas.
Não acelerando durante as trocas de marchas
Todos os veículos fabricados atualmente possuem câmbios sincronizados, portanto acelerar entre as trocas de marchas é um procedimento desnecessário, pois reduz a vida útil dos componentes da embreagem e da caixa de câmbio e aumenta o consumo de combustível.
Se possível, pulando marchas
A escolha da marcha certa determinará sempre o maior torque do motor junto com o seu menor consumo de combustível.
Trafegando somente com o veículo engrenado
Em declives, quando o acelerador não é acionado, mesmo o veículo estando engrenado, o consumo de combustível é nulo.
Vale lembrar que o Código de Trânsito Brasileiro proíbe o tráfego de veículo desengrenado.
Freando corretamente
Manter a velocidade compatível com a segurança, utilizando ao máximo as reduções de marchas e freio motor.
Aproveitando a inércia do veículo
Os veículos mais pesados e maiores possuem mais inércia.
Para tirar proveito da inércia, basta manter a uniformidade do rolamento (velocidade média) do veículo, acelerando suave e constantemente.
Diesel Aditivado Funciona?
Frequentemente nossos clientes nos perguntam sobre os tipos de diesel aditivado presentes no mercado.
A ANP determina que para um diesel ser considerado aditivado, ele deve conter pelo menos um agente detergente – componente responsável pela limpeza do sistema de injeção dos veículos. Existem alguns elementos que são adicionados na formulação dos aditivos com a finalidade de proporcionar outros benefícios, como reduzir a formação de espuma durante o abastecimento, inibir a corrosão, facilitar o processo de drenagem, dentre outros.
Pensando na economia de combustível, o agente detergente é o responsável direto por esse benefício. Ele atua na limpeza dos depósitos acumulados nos bicos injetores, proporcionando uma melhor pulverização do diesel e consequentemente uma combustão mais efetiva. No caso de veículos com injetores novos, o ganho será na manutenção das suas condições originais, prorrogando assim sua vida útil e mantendo a performance original do veículo.
Então quer dizer que todo diesel aditivado vai limpar, ou então, manter limpo o sistema de injeção do seu veículo? Não! Apesar de todo diesel aditivado regulamentado pela ANP conter em sua formulação um agente detergente, há diferença de performance entre eles. Na hora de escolher seu diesel aditivado, desconfie de promessas milagrosas. Procure por fornecedores de confiança e solicite um estudo de mensuração dos resultados em seus veículos.
Nos estudos realizados pela LHT com o diesel aditivado de uma das maiores distribuidoras do Brasil, foi identificado redução de consumo de combustível em todos os casos em comparação com o diesel comum, variando de 1,5% a 3,5% – testes realizados com ônibus, caminhões e máquinas agrícolas em empresas de diferentes segmentos.
Apesar de pequeno, estes números são bastante representativos. Tomando como exemplo um consumo mensal de 1 milhão de litros de diesel, a redução do consumo anual pode chegar a mais de R$ 800 mil.
Resistência ao Rolamento
São forças que tendem a frear o veículo naturalmente e que se opõem ao movimento, devendo ser superadas da melhor forma possível.
A resistência ao rolamento é originada pelo contato dos pneus durante o rolamento.
Fatores que influenciam:
- Tipo e tamanho dos pneus;
- Pressão dos pneus;
- Estado de conservação das estradas;
- Peso do veículo;
- Condições do clima.
Entender esses fatores é fundamental para reduzir a resistência ao rolamento e, consequentemente, o consumo de combustível.
E o que o condutor pode fazer?
- Controlar regularmente a pressão dos pneus;
- Se possível, escolher pistas com melhores condições de rodagem;
- Quando possível, evitar paradas desnecessárias;
- Manter um modo de rodagem uniforme.
Fonte: Mercedes
Checklist – Antes da Viagem
Antes de iniciar uma viagem, crie o hábito de dar uma volta ao redor do veículo. Isto pode evitar muitos problemas na estrada.
Primeiramente gire a chave de partida para a posição de condução, ligue os piscas indicadores de direção e acenda os faróis.
Andando em volta do veículo, examine:
- Nível de água do lavador de para-brisa;
- Faróis e outras luzes;
- Vidro das janelas e espelhos retrovisores;
- Pressão e estado dos pneus;
- Combustível;
- Drenar a água acumulada no pré-filtro;
- Nível do líquido de arrefecimento, do óleo do motor e do fluido da embreagem;
- Verificar vazamentos em geral (água, óleo, fluidos e combustível);
- Funcionamento do tacógrafo;
- Pressão pneumática do sistema de freios.
Fonte: Volvo
Efeito do Motorista no Consumo de Diesel
Após a última discussão sobre as atitudes dos motoristas que implicam no consumo de combustível, recebemos alguns questionamentos sobre qual seria a diferença máxima esperada de desempenho entre eles em uma mesma operação.
Pesquisas mostram que a diferença entre o desempenho do melhor e pior motorista com veículos e operações similares pode chegar a mais de 30%. Para ilustrar, vamos considerar os resultados de um estudo realizado pela LHT numa empresa de transporte urbano de passageiros.
Na imagem abaixo temos 2 gráficos, o da esquerda apresenta as médias de consumo de 4 ônibus similares (mesmo modelo, motor, carroceria, ano e manutenção) de uma mesma linha (transporte de passageiros intermunicipal) e o da direita a frequência dos motoristas em cada veículo – cada cor representa um motorista diferente.
Apesar do motorista ser fixo por veículo, pode ocorrer uma substituição dependendo da situação e da sua disponibilidade.
Nota-se que há uma diferença significante entre as médias de consumo dos veículos 3 e 4. Considerando os resultado de abril, o veículo 4 foi 24% mais econômico que o veículo 3 – 3,53 km/l vs. 2,85km/l.
Para testar se o responsável por essa diferença era o motorista, foi realizado uma troca entre eles no mês de maio, ou seja o motorista do veículo 3 passou a operar o 4 e o motorista do veículo 4 passou a operar o 3 – no momento da troca não foi informado que os motoristas estavam sendo observados e sim que era uma substituição rotineira.
Em junho, a troca foi desfeita. Os resultados podem ser observados no gráfico abaixo:
Independente do veículo operado, as médias dos motoristas continuaram seguindo a mesma tendência de desempenho, afirmando assim que realmente era o motorista o responsável pela diferença.
Que existe diferença entre os motoristas é fato. O grande segredo é saber medir essa diferença e identificar as causas que levam o motorista a apresentar esse desempenho para tomar as devidas ações para a melhoria.